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Exclusivo: PC realiza reconstituição de homicídio na Vila Betel



Alan Cara Fina dá depoimento sobre a morte de William, se divergindo em alguns pontos da acusação feita pela polícia

TEÓFILO OTONI - A Polícia Civil realizou na tarde de quinta-feira (dia 07), a reconstituição do homicídio e ocultação de cadáver de Willian Ramos Lemos, 18 anos. Esse é um dos crimes cometidos pela quadrilha liderada pelo traficante Alan Lima Carvalho, conhecido como 'Alan Cara Fina', de 20 anos, preso durante a operação Nações Unidas, desencadeada em parceria com a PM no dia 30 de dezembro do ano passado.
Com exclusividade, a reportagem do DIÁRIO acompanhou os detalhes da reconstituição feita pelo próprio ‘Alan Cara Fina’, a partir das 15h de ontem, no bairro Vila Betel, zona norte da cidade. O fato chamou a atenção dos moradores, que se aglomeraram nas ruas para presenciarem o fato.

Reconstituição

Alan, acusado de pelo menos 10 homicídios (três confessos) disse que praticou o homicídio de William com dois amigos identificados por Moura (que se apresentou na delegacia na presença do advogado, negando participação na morte) e Romário.  
Segundo ‘Cara Fina’, a morte do jovem foi iniciada ainda no meio da rua. Na reconstituição, o acusado simula tirar uma arma da cintura e mostra como atirou na cabeça de Willian.
A simulação ainda mostra que Alan e os comparsas pegaram o corpo e levaram para dentro de uma casa abandonada. O acusado disse durante os trabalhos que carregou a vítima pelos pés e os amigos pelos braços.
No imóvel o corpo foi enrolado em um cobertor e amarrado com corda. A ação tinha a intenção de ocultar o cadáver, que seria enterrado em uma cova rasa num matagal situado nas proximidades da fazenda Bela Vista, no bairro Felicidade. Alan também mostrou, na casa onde afirma ter levado o corpo, um quarto com marcas de sangue. “Uns vinte minutos ficamos com o corpo aqui dentro da casa. Na hora que o joguei aqui, o sangue voou na parede. Eu mesmo que limpei o sangue”, completa friamente Alan Cara Fina.
Na segunda parte da reconstituição, a simulação mostra que os três envolvidos andaram aproximadamente 300 metros até o matagal onde o corpo foi enterrado. O local é de difícil acesso com estrada de terra e muito mato. Alan e os dois amigos utilizaram ferramentas como picareta e enxada para abrir a cova. Ele mostrou ainda como o corpo foi enterrado.
Segundo o autor Willian foi morto porque estava o ameaçando. Ele disse também que não torturou a vítima com a alavanca. De acordo com o mesmo, as pernas de Willian teriam ficado para fora da cova e na tentativa de abrir mais o buraco acabou as acertando.
Mas, as investigações apontam que Willian foi torturado. E que a motivação do crime estaria ligado a uma denúncia feita pela namorada de Alan em que Willian estaria denunciando o assalto realizado pela quadrilha numa casa lotérica na cidade de Itaipé.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Jéferson Botelho Pereira, o acusado está colaborando com a justiça. “O suspeito está sendo ‘coadjuvante’ com a polícia. Alguns fatos já tínhamos o conhecimento. Outros nós conseguimos esclarecer durante a reconstituição. A polícia também vai trabalhar com outras provas. A reprodução simulada é apenas uma modalidade de prova prevista na lei do Código Processual penal (CPP), de maneira que o Ministério Público e o Poder Judiciário, nos próximos dias, possam ter todo o fato apurado de maneira aproximada da verdade e da justiça, para que a sociedade de Teófilo Otoni esteja convicta que a polícia têm trabalhado incessantemente para oprimir o crime na cidade” afirma.
Pereira destaca ainda a possibilidade de Alan ocultar outros participantes. “Acredito que sim, pelo menos nós conseguimos vincular mais 10 pessoas que participaram ativamente desse crime. Dos autores existem três menores, que estão internadas no Centro de Internação para Adolescentes, e mais cinco pessoas recolhidas na Cadeia Pública Municipal. Todas serão ouvidas nas próximas horas pela PC, antes do encerramento do inquérito”, explica o delegado.
O acusado, durante a entrevista para a reportagem, afirmou que o crime ocorreu por volta das 21h30 e 22h, e que matou Willian porque estava sendo ameaçado por ele. “Inclusive um companheiro dele estava armado na hora que eu o matei”, se defende Alan. 

                
 





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